- Cap1 -
“A cada passo, maior fico, como pode? E a cada mudança imagino todos me vigiando, seja Billy, Sam, ou o conselho dos anciãos. Não, eu não imagino, eu VEJO todos os olhos voltados para minha pessoa. O que está acontecendo comigo? O que todos esperam de mim? Parece que vou explodir com tantas dúvidas me rondando... O que eu estou fazendo aqui? Na floresta? O que Bella está fazendo aqui? Cullen? Cullen e Bella na floresta? Bella, Bella, minha Bella... Corra, corra... FUJA! Ele não é bom... Bellaaaaaaaaa.”
Acordei esta manha com uma sensação estranha, que sonho foi aquele? Como se algo ruim fosse acontecer. Acorda Jacob, foi só um sonho, está tudo certo, tudo igual. O que de ruim poderia acontece em uma cidade tão pacata? Até parece.
Me levantei, fui até o banheiro para tomar um banho e me arrumar para a escola. Quando chego na sala encontro Billy Black parado olhando distraído para janela.
- Bom dia Pai! – disse. Assustado, me olhou estranho, como se esperasse que eu contasse alguma novidade para ele, com as sobrancelhas arqueadas. – Que foi? Fiz algo de errado? Tem algo para me dizer?
- Bom dia! Será que poderia me levar na casa dos Clearwater? Preciso conversar com Harry! – Me respondeu mostrando indiferença aos meus questionamentos – A propósito, porque não vai visitar Bella hoje? Charlie me disse que é aniversário dela hoje.
- Aniversário? Mas... mas eu nem comprei nada para presente... Você devia ter me avisado antes... Além do que, droga, ela estará com o Cullen, provavelmente nem terei chance de chegar perto. E ela...
- Bom, mas me levará a casa de Harry? – Me interrompeu de meus desabafos.
- O que tem de tão importante para conversar com ele?
- Nada que precise saber agora... – Me entregando meu café da manhã já pronto em cima da bancada – O que vai fazer hoje depois da escola?
- Acho que eu vou conversar com Embry, ver se ele me ajuda na montagem do habbit, talvez ligue pra Bella.
- Seria legal você tentar uma aproximação da Bella, afastar ela daqueles sang... err... Cullens... ela precisa de melhores companhias... Logo você entenderá o que eu quero dizer...
- O que eu vou entender? Porque você me diz tudo com frases pela metade? Porque você sempre insiste para eu afastar ela do namorado? Porque insiste nessa superstição boba? – Já estava perdendo a paciência com Billy. Sempre fomos tão amigos e agora ele vive me escondendo a verdade. Preciso descobrir o que há de tão sério envolvendo as pessoas da reserva, porque tantos segredos?
- Está se sentindo bem? Está tremendo..
- ESTOU, PORQUE NÃO ESTARIA? Meu pai, escondendo algo de seu filho, sendo que sempre foi seu amigo, e eu não posso ficar com raiva? Por que? Por que? – Ele arregalou os olhos, e como se pedisse desculpas baixou a cabeça e suspirou. – Ta, acho que exagerei, mas pai, para que de tanto mistério, porquê você acredita nas lendas da tribo com tanta veemência? São só histórias, não são? – respirei fundo pela ultima vez – Me desculpe, passei dos limites... – Um pouco mais relaxado, depois de ter estourado com meu próprio pai, senti um remorso muito grande de ter gritado com ele.
- Tudo bem filho, não precisa se desculpar, somente dê tempo ao tempo, tudo vai se encaixar, você vai descobrir todas as respostas de que precisa. – Me disse com uma confiança, como se esperasse, de mim, essas respostas, mas com uma ponta de decepção, talvez por minha exagerada reação.
- Está certo Sr. Billy Black. Vamos para casa dos Clearwater que já estou atrasado para a escola.
Peguei minha mochila, e empurrei meu pai para fora. No caminho da casa de Harry percebi que Sam ficava me olhando como se me esperasse, como se me chamasse para sua turma. Além de ficar se comunicando em silencio com meu pai.
Eu não aguento mais esta situação, preciso dar um jeito de acabar com isso, mas como? O que será que é preciso fazer para me deixarem viver em paz? Qual é este segredo que eles esperam que eu descubra? Preciso conversar com o Embry, ver se ele percebeu esta situação ou é coisa da minha cabeça.
De longe já avistamos o Harry na porta de sua casa. Para ele esperar do lado de fora, deve ter algo sério nesta conversa.
- Oi Harry! Como vai Sue, Seth e Lea?
- Olá garoto. Todos vão bem sim... Quer entrar? Tomar um café da manha conosco?
- Não, obrigado! Só vim deixar meu pai, ele gostaria de conversar contigo. Já estou indo para a escola. Quer que eu passe aqui para te buscar na volta pai?
- Não precisa Jake! Depois o Harry me deixa em casa. Agora vai para aula, antes que perca o primeiro tempo. – Billy respondeu ansioso para que eu me retirasse. Bom, se ele diz que logo saberei. Que seja.
Na escola, ocorreu tudo bem, as mesmas aulas chatas, os mesmos professores e os mesmos amigos. Além da gangue do Sam, que fica botando banca para cima de todo mundo. O que eles pensam que são? Os melhores? Os donos da reserva? Alguém precisa pará-los, mas quem se atreveria?
Peraí, porque eu ando tão irritado? Isso nunca me incomodou... Porque qualquer coisa me tira do sério? O que está acontecendo com meu corpo? Estou me desenvolvendo muito mais rápido que qualquer outra pessoa da minha idade. Se bem que isso é bom, estou ficando forte. Acho que isso poderia talvez atrair a Bella... Bella... Como ela foi parar na floresta em meu sonho? E porque que ela tem que se afastar do Cullen? Acho que as idéias de meu pai estão me influenciando muito, tenho que parar de dar ouvidos àquele velho.
- Embry, Embry! – Corri até ele no corredor da minha aula para alcançá-lo – O que você e o Quil vão fazer hoje?
- Olá Jacob, não combinamos nada, por quê?
- Sei la, podemos ir até La Push para conversar, ou andar na floresta até o penhasco, preciso sair um pouco de casa, parar de ouvir as histórias do meu pai, já estou ficando preocupado.
- O que aconteceu desta vez Jake? – me olhou com uma cara de preocupado.
- O mesmo de sempre, me sinto pressionado a fazer algo que não sei o que é. Ele fica me olhando como se esperasse alguma reação. Não aguento mais a turma do Sam me olhando como se quisesse que eu entrasse para ela. Você não tem essa mesma impressão?
O Embry me olhou com uma cara de tristeza, misturado com medo – É, também me sinto pressionado por eles. Não sei o que eles esperam de nós. Será que eles esperam que nós os paremos? Que enfrentemos os três?
- Não, não acho. Acho que eles imaginam que um dia ou outro, estaremos igual o Paul ou o Jared como cachorrinhos a volta dele. – Falei olhando já para o relógio – Bom Embry, passo na sua casa mais a noite. Vou para a aula agora, e depois vou tentar encontrar Bella, hoje é aniversário dela. Ahhh chame o Quil...
- Nos vemos mais tarde então Jake. E boa sorte com sua Bella. – Falou tirando sarro da minha cara.
- Corre garoto! – Ameacei correr para pegá-lo.
Não que eu conseguisse prestar alguma atenção na aula, mas não queria parar na secretaria, então precisei entrar e ao menos fingir que assistia as baboseiras que o professor passava.
Será que ligo para Bella? Vou até a casa dela? Ah, esquece Jacob, ela nem lembra que você existe. Ainda mais depois que começou a namorar aquele Cullen. Mas e se eu estiver enganado? E se ela sente minha falta? Fala sério, você viu ela o que, duas ou três vezes? Ela nem deve ter reparado que você existe. Cai na real, como uma menina, feito Bella, iria dar bola para você?
Ok, então se eu não vou atrás dela, preciso tentar descobrir o que o pessoal da reserva está escondendo. Não, não vou chamar os meninos, não vou envolver eles nessa loucura. Acho que posso vasculhar algo sozinho.
Graças a Deus o sinal bateu, já não agüentava mais.
Quer saber de uma coisa? Não vou pesquisar nada sobre essa história maluca, deve ser coisa da minha cabeça, vou pra casa cuidar do meu habbit que eu ganho mais.
Chegando em casa, vejo o conselho todo reunido, e com o Sam... o Sam? O que esse marginal está fazendo na minha casa? Não posso deixar isso barato.
- Cap2 -
Cheguei batendo a porta, encarando todo mundo. As pessoas se assustaram com minha reação, ficaram todos quietos, esperando uma explicação.
- Quando é que vocês vão parar de me rodearem? Quando é que este rapaz – apontei o dedo na cara do Sam – foi autorizado a freqüentar a minha casa? O que é que vocês esperam de mim para ficarem me encarando a cada passo que eu dou? – Meu corpo parecia pegar fogo, eu parecia um liquidificador a ponto de explodir todo o recheio. O que está acontecendo?
Todos ficaram de olhos arregalados e o Sam já estava em posição de combate, como se aguardasse um passo em falso que eu desse.
- Calma meu filho – Meu pai ameaçou chegar perto de mim, mas o Sam o segurou.
- NÃO.SEGURE.MEU.PAI! – Cuspi as palavras se medir o que estava dizendo – Você está em minha casa, sem o meu convite, seu marginalzinho de merda.
- Calma Jacob! Estou aqui pelo chamado de seu pai, e não quero invadir seus limites, isto aqui é só uma conversa. Não seja precipitado com suas palavras.
- HÁ HÁ HÁ! Precipitado? Você intimida a reserva toda, fica privando sua “gangue” de contato com o restante das pessoas. O que eu deveria pensar de você? Ah ta, você é a vitima da história. – Minhas palavras saiam mais ácidas do que deveriam. Mas porque eu deveria me conter? Esta era a chance de descobrir o que queriam de mim.
- Ok Jacob! Me desculpa por invadir o seu espaço. – Direcionando o olhar para o conselho. – Pessoal, é bom terminarmos nossa conversa outra hora, quando precisarem estarei a disposição.
- ESPERE! – entrei em sua frente para que ele olhasse em meus olhos – O que tanto você quer comigo? Por que tanto você espera algo de mim? E o que você espera? – Precisava ser direto e tirar minhas dúvidas.
- Até mais Jacob! Espero que um dia você me entenda. Não tenho mais o que conversar aqui. – Disse olhando para baixo, desviando de mim e saindo rapidamente de casa. Achei que não teria como ficar mais irritado do que eu já estava, mas acreditem, estou! Por não ter me enfrentado. O que ele pensa que está fazendo?
- Jacob, sinto muito por sua reação exagerada, isto é só uma conversa! Agora, por favor, se acalme! – Billy adiantou essas palavras antes que eu questionasse mais alguma atitude do conselho.
Saí da casa, batendo porta e indo para meu refúgio, a garagem, onde era somente eu e Habbit. Liguei o som alto, para que não ouvisse nada, como se quisesse sobrepor as vozes de minha cabeça. Queria paz ao final de tudo isso.
O que tem de mal querer viver normalmente? Não quero viver pelo outros, quero viver por mim, do meu jeito, com o que eu tenho!
-Arf! – Joguei a chave inglesa na parede como se isso ajudasse a relaxar.
Já que em casa não tenho paz, vou para casa do Embry, pelo menos lá não tem ninguém me pressionando. Corri o mais rápido que consegui, precisava tirar toda aquela energia ruim de mim. Parece que funcionou.
- Embryyyy! – Gritei assim que cheguei a frente da casa dele.
- Hey Jake! Venha, entre. A noiva Embry está no banho, mas logo ele ta ai! – Quil apareceu na porta para me atender já fazendo piada, como ele sempre faz com qualquer assunto.
- Não, prefiro ficar aqui fora, respirando um pouco de ar, meu dia não tem sido muito bom. – Com desanimo sentei no degrau da entrada sendo seguido por Quil.
- Qual o problema? Mais sobre o Sam e sua gangue? – Dando soquinho em meu ombro e rindo para me distrair.
- Não brinca ta? Já estou quase sem paciência, hoje foram testes atrás de testes desde a hora que acordei. Começando pelo meu pai, passando por Sam e por ultimo uma reuniãozinha sem motivo em casa. Não tenho sossego nem na minha própria casa. Quase avancei em cima do Sam...
- O QUE VOCÊ FEZ??? – Embry me pegou de surpresa chegando na varanda.
- Já que estamos todos aqui, que tal andarmos na praia e conto como....
- Demorouuuu!!! – o Quil não deu tempo nem de terminar a frase, estava de pé nos apressando.
Caminhamos na praia e, enquanto isso, contei todos os acontecimentos do dia para os dois... O que mais eu podia fazer para acalmar? Nada... Mas só de ficar com esses dois palhaços, que me fazem rir o tempo todo, já é de grande ajuda.
- Bom pessoal, não da pra enrolar mais, então to indo pra casa enfrentar o grande Billy! – Gesticulei com se ele fosse um pesadelo.
- Quer que te acompanhemos? Podemos distraí-lo enquanto você passa, podemos....
Fiz sinal para que parasse. – Não precisa! Estou bem, sério! Só nossa conversa já foi o suficiente. Obrigado!
- Ok, nos vemos amanha na aula, então? – Assenti com a cabeça – Boa sorte. – Quando me virava para o caminho de casa – Ah, não esquece, se ver o Sam pelo caminho, mande minhas lembranças! Hahahaha
- Muleke! Some daqui! Rsrsrs – Bagunçei o cabelo de Embry enquanto empurrava ele pra casa. – Até amanha!
Estranho! Tudo silencioso em casa! Tudo apagado, será que o Sr. Billy já está na cama? Bom, Mas eu que não vou procurar “pulga para me coçar”. Se não está acordado, melhor, pelo menos adio toda essa chateação.
Meu sono, por incrível que pareça, foi tranqüilo. Na verdade nem sei se sonhei. Devia estar cansado. Bfff. Tenho que levantar. Arrrg. Mais um dia de olhares.
Fui para o banho, tomei um banho gelado para esfriar a cabeça. Quer saber? Deixe que olhem, se eles esperam alguma reação minha, então que esperem sentados.
Sai do banho, me troquei e fui para sala pegar minhas coisas para ir pra escola.
- Bom dia filho! – Me assustei com o bom humor de meu pai. O olhei com desconfiança, mas dei de ombros em seguida.
- Bom dia pai! Mais alguma reunião fora de hora hoje? – Perguntei com um pouco de humor nos lábios.
- Tenho uma novidade para você, talvez goste! – Será que ele vai me contar o motivo de tanto mistério? Agora eu to curioso de verdade.
- Já sei, vai me contar o porquê de tantos olhares, acertei? Ficou com remorso de excluir seu filho dos seus mistérios? – Agora sim falei com humor, como se fosse algo macabro. Ri muito por dentro, para não demonstrar minha curiosidade.
- Não filho, não se trata de você, mas dos Cullens! – Opa! O que os Cullens têm haver comigo? Porque ele está tão feliz por falar deles?
- Não tem mais birra com eles? Está tão feliz por quê?
- Da pra parar de me tratar com indiferença? – Ficou sério desta vez. Ops, acho que exagerei na dose!
- Me desculpa, pai! Então me conte. Que novidade é essa agora? – Mostrando realmente minha cara de curiosidade e sinceridade nas desculpas.
- Bom, parece que eles mudaram de cidade.
- Como? TODOS ELES? – Minha surpresa agora foi ao céu. Será que agora tenho chance? Relaxa garoto, pode ser que ela tenha ido junto. Aff. Será que ela deixaria o Charlie? Não é possível.
- Todos eles. Mas a Bella ficou. – Falou com um sorriso de canto, como se lesse minha mente.
- Como sabe que eu ia... err.. deixa pra la.. – Sem graça por Billy ter acertado meus pensamentos.
- Como eu sei que perguntaria por Bella? Ah filho, te conheço bem para saber que se interessa por ela. O que você acha de depois da escola vir me pegar para darmos uma passada na casa do Charlie? – Um sorriso se formando em meu rosto de tanta ansiedade.
- Fechado! Esteja pronto!
Corri para pegar minhas coisas no sofá e sai pela porta parecendo uma pena, de tão leve que me sentia. Bella. Sozinha. Só minha. Esta é minha chance. Mas... Como posso fazer pra que ela me note?
As aulas pareciam uma eternidade. Faltavam 15 minutos para acabar a aula e eu não conseguia parar de pensar na Bella. O Professor já havia chamado meu nome algumas vezes me tirando do transe que me encontrava. Será que ela terminou com o Cullen? Será que eles brigaram? O que será que aconteceu pra que eles saíssem de Forks? São tantas perguntas que eu nem sei quais posso fazer para Bella.
Pééééééééééééé! Graças a Deus o sinal tocou. Não dei nem tempo do Embry ou do Quil me chamarem no corredor e já estava correndo a caminho de casa.
Calma, Jacob! Ela não vai fugir. Ou... será que vai?
PARAAA! Gritei para minha própria consciência. Respira! Falta pouco para você ter essa chance.
- Pai, chegueiiiiii! Gritei, quando não o vi na sala me esperando.
- Sim, sim! Estamos a caminho! Calma, nós vamos achá-la. Estou indo para aí! Se acalme. – Meu coração se contorceu quando ouvi Billy ao telefone, com quem estava falando, afinal?
- Cap3 -
Quando Billy desligou o telefone, tratei de me informar o que estava acontecendo, quem estavam procurando.
- Pai, o que houve? Porque esta cara de preocupado? Não é com Bella, né? Nada aconteceu com ela, aconteceu?
- Filho, calma, me ajude a ligar para o Harry, preciso da ajuda dele e de Sam. – Eu entendi direito? Ele vai pedir ajuda para o Sam? O que aconteceu? Porque ele não está respondendo minhas perguntas?
- PAIII. Para um pouco, me responde! Você está me assustando. O que aconteceu? É com Bella? – Já estava entrando em desespero, quando por fim ele tirou meu ar.
- Sim Jake, é com Bella. – Encostei-me no sofá para apoiar, minhas pernas estavam falhando, tremendo, e eu não sabia o porquê de todo esse medo que eu estava sentindo. Ela não tinha ficado? Será que a machucaram? – O Charlie acabou de me ligar dizendo que ela deixou um bilhete para ele falando que ia caminhar na trilha em frente a casa dela com o Edward para conversar, mas...
- Mas o que pai? Ela se machucou? Continua... – neste ponto minha voz já estava falhando, mas eu não ia chorar, não na frente do meu pai. Eu tenho que ser forte.
- Mas ela não voltou até agora. Charlie está fazendo uma busca pela floresta e pediu nossa ajuda. Preciso de Sam, Paul e Jared para vasculharem a área. Eles conhecem esta mata como ninguém.
- PORQUE SAM? Por quê? O que eles têm de especial que não podemos fazer? – O desespero tomou conta de mim – Eu preciso ajudar, eu preciso fazer alguma coisa, mas o que? – Já estava andando de um lado para o outro, falando sozinho, quando...
- Pare filho! Preciso que me ajude, preciso que os ajude na casa de Charlie! Quanto mais gente melhor, não acha? Não quer encontrar sua Bella? – Como uma facada, vieram essas palavras.
- Ok, o que quer que eu faça então?
- Ligue para Harry, conte o que aconteceu e peça para ele falar com Sam e nos buscar para levar na casa de Charlie. Pode fazer isso? Você está bem para fazer isso?
- Estou sim. Só me diz que vai ficar tudo bem, só me diz que ela não nos deixou... err.. deixou o Charlie, pai. – Meu rosto se dobrou em dor e preocupação.
- Espero que não, filho. Espero que não. – Afagou meu braço para me acalmar enquanto pegava o telefone.
Depois de avisar todos que precisávamos, Harry nos buscou em casa. A caminho da casa de Charlie avistei uma forma grande olhando para nós. Aqui possui ursos? Mas... Ursos não são tão grandes... Fechei e abri o olho e já não vi mais nada... Arrf... Já estou imaginando coisas... Como posso ajudar deste jeito? Mantenha a calma Jacob.
Mal Harry parou na frente da casa de Charlie e eu pulei da caçamba da caminhonete.
- Charlie, alguma novidade? – Já estava aos pés de Charlie com as mãos no bolso, tentando esconder a ansiedade de ver Bella.
- Ainda não, filho! Que bom que está aqui. – Deu um sorriso reto, cheio de preocupação e olhando mapas e mapas a sua frente.
- Charlie, nós vamos encontrá-la! Eu vou procurá-la... Eu prec...
- Calma, filho! Preciso de você aqui. Logo ela estará conosco. – Se adiantou, segurando meu braço quando tentei ir até a floresta, para que eu não fizesse bobagem. – Até parece que eu ia ficar tranqüilo se você também se embrenhasse nessa floresta!
Assenti com a cabeça, tentando ajudar no que eu podia, olhando para todos os lados para ver se de alguma forma ela surgiria por entre as árvores, sorrindo, como se tudo isso fosse somente um sonho, provando que tudo isso é só exagero nosso, que ela está bem. Ah Bella... Não faça isso conosco... Eu me sinto um idiota tentando falar com ela por pensamento, mas que mais eu posso fazer se não gritar por ela em pensamento?
Como se fosse uma miragem, lá estava ela, ou era imaginação da minha cabeça? Não, não pode ser, está nos braços do Sam? Arrrg... – CHARLIEE! – Com a voz embasbacada, parecendo que tinha um nó na minha garganta que não descia.
Antes que eu pudesse reagir a tal informação, Charlie já havia corrido em direção a eles.
- Eu a encontrei! – Sam confirmou minha visão. – Não, não acho q ela esteja ferida, ela só ficou dizendo “Ele foi embora”. – Meu Deus, ela está sofrendo, por isso sumiu. Ele a deixou. Eu ODEIO este Cullen, o que ele pensa que é para fazer minha Bella sofrer tanto? Por que ele brinca com os sentimentos de quem mais amo? Amo? Amo...
- Bella, querida, você está bem? Estou bem aqui, pequena. – Charlie a pegou no colo e com rapidez a levou para casa, sem muitos questionamentos.
Fiquei para traz tentando processar o que acabei de ver. Bella, minha Bella, de coração quebrado por um cara que não a merece. Se eu ao menos pudesse encontrá-lo para falar pra nunca mais colocar os pés aqui. Mas ele tinha que ser covarde, sumir antes que qualquer um tirasse satisfação por brincar com o sentimento alheio.
Quando dei por mim, estava tremendo, com uma raiva que nunca havia sentido. Como queria protegê-la. Levantei os olhos para encarar Sam e percebi que ele também me olhava, mas com um sentimento confuso, uma mistura de dor, de espera, de alívio, por Bella, por mim e por Charlie, respectivamente.
Arrg! Como odeio ter que agradecê-lo por qualquer coisa! Mas com os olhos, passei meu profundo agradecimento por tê-la achado, assentindo com a cabeça e me virando rapidamente para acompanhar Charlie até dentro de casa.
Preciso saber como ela esta, o que ele realmente tinha feito com ela. Chegue a tempo de ouvir um pouco do que o médico conversava com o chefe Swan.
- Não acho que haja nada de errado com ela. É só exaustão. Deixe que ela durma e voltarei amanhã vê-la – Olhando para o relógio, acrescentou – Bem, na verdade hoje ainda, mais tarde.
Tinham vários curiosos na casa, questionando o motivo deste sumiço em pequenos grupos de sussurros. Todos preocupados e assustados. Charlie tirou sua última dúvida com Dr. Gerandy.
- Então é verdade? Eles foram embora? – Havia sinal de raiva e preocupação em sua voz.
- O Dr. Cullen nos pediu para não contar nada, mas ele recebeu uma oferta repentina, tiveram de decidir de imediato. Carlisle não queria fazer alarde de sua partida.
Agora completamente tomado pela raiva, porém sussurrando para não incomodar sua filha. – Um pequeno aviso teria sido bom.
Eu me agachei ao lado de Bella, que agora, de olhos fechados, parecia imersa em tanta dor. Ah se eu pudesse tomar essa dor pra mim. Como era desesperador vê-la sofrendo. Com um toque no ombro, me assustei. Era Charlie, que agora estava com um meio sorriso virado para mim.
- Filho, vá para casa, precisa descansar. Ela está em casa agora, ficará tudo bem. Poderá vir sempre que quiser para visitá-la. Vá. Leve seu pai para casa. – Com uma respiração profunda, e um olhar de agradecimento me disse. – Muito obrigado, filho.
Minha voz não saía. Queria dizer que não podia deixá-la tão machucada assim, sozinha, mas não consegui. Simplesmente balancei minha cabeça em entendimento e sai porta a fora.
Assim que Billy e eu chegamos em casa, como se não houvesse acontecido nada com Bella, como se ninguém se importasse que ela estava sofrendo, avistei a turminha de Sam estava na ponta da reserva fazendo uma fogueira em comemoração a partida dos Cullens. Como eles podiam comemorar? Bella estava em pedaços, como não enxergavam este sofrimento? Não é possível que um MERDA de uma superstição sobre “Os frios” seja mais importante que o sofrimento alheio. Arg! Odeio esta ganguezinha.
Na semana que se seguiu, fui todos os dias na casa do chefe Swan. Charlie me disse que todos os dias ela tinha pesadelos. Bela estava de luto, estava péssima. Mal comia, não sorria, não falava mais do que um simples “oi”. Quando ela vai reagir?
Com o tempo passei a ir menos à casa de Charlie. Não agüentava vê minha Bella sofrendo sem poder fazer nada para ajudar. E assim foi passando o tempo...
Outubro...
Novembro...
Dezembro...
É, janeiro chegou, época de férias escolares. Em outros tempos isso era tudo que eu esperava. Férias, mas não tinha animo para comemorações, para sair com Quil e Embry. Tranquei-me na minha garagem, precisava ocupar minha mente para não sofrer por Bella.
Oh meu Deus, estou ficando louco? Não é possível, que barulho todo é esse? Acho que conheço este carro. Bella? Bella aqui? Antes mesmo de pensar o contrário, sai correndo da garagem. Não podia acreditar no que eu estou vendo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário